domingo, 8 de novembro de 2009

A rua

está sozinha.

Abandonada de virtudes E de rostos


A rua perde-se no traço e na curva Funde-se na sombra

porque

a Rua já não se importa A rua escreve

passos de memória e de gentes



Nua de sentido Vazia de cor Gasta de vida

meus senhores Apresento-lhes a rua

sem praça sem número Sem graça

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